segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MUSEU AFRO BRASILEIRO


É difícil andar por essa exposição e não se impressionar com um mundo tão diversificado e diferente de nossa cultura e ao mesmo tempo tão próximo a nós. O museu afro é o local de aproximação com as origens da maior parte da população brasileira e mesmo assim são poucos aqueles que o conhecem.

Como acontece com a maior parte dos museus, o acervo tem suas origens em coleções particulares, no caso do Museu Afro especificamente na coleção do escultor e colecionador Emanuel Alves de Araujo (hoje diretor do museu). Durante trinta anos ele se encarregou na aquisição de peças que representam a importância da população negra no conjunto de nossa sociedade.

São impressionantes as obras de metalurgia das diversas sociedades africanas, a religiosidade, o sincretismo, a opressão retratada nos objetos de tortura do período colonial escravista, as artes e as festividades que apresentam essas influências, as personalidades negras que fazem parte da memória e da nossa história e que muitas vezes não possuem o devido reconhecimento de sua importância.

A visitação é de terça a domingo, das 10h as 17h. Entrada Gratuita.

Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº
Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega
Parque Ibirapuera - Portão 10
04094-050 - São Paulo – SP

Para maiores informações: www.museuafrobrasil.com.br

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Resgate de Dona Lair

Os videos não são novos, mas a comoção ainda é muito forte.


Aqui é a fala dela depois do incrível resgate.


Para aqueles que puderem ajudar, por favor o façam. Aqui vai alguns links:
Portal R7: Saiba como ajudar as vítimas das enchentes da região serrana do Rio de Janeiro
Jornal Extra: Chuvas no Rio – Saiba onde fazer doações para vítimas das enchentes no estado
O Globo: Saiba onde fazer doações para as vítimas das chuvas na Região Serrana do Rio
Bancos recebem doações a vítimas de enchentes no Rio
G1Globo: Na sua cidade

Indicação dos vídeos do Sendentários e links no Chongas
 ______________________________________________________________

O Pavilhão Japonês

 

Depois que você fizer seu passeio pela exposição da Água na Oca gaste mais um tempo e de uma passada no Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera.



Essa réplica do Palácio de Katsura foi construído em 1954 para as comemorações do 4º centenário da cidade de São Paulo. Com uma exposição de arte permanente, com obras datadas do séc. XI, o local merece ser visto pela beleza de sua arquitetura, seus jardins e seu largo de carpas que contornam a construção.

 
Ponto forte: O largo de carpas que são um espetáculo de cores a parte.
Ponto fraco: Aberto apenas as quartas feiras, sábados e domingos, não consegui informações sobre a possibilidade de excursões escolares ao local.
 

Maiores informações:
Tel:. (11) 5081 - 7296
 E-mail: pavilhao@bunkyo.org.br
______________________________________________________________


A exposição sobre Água na Oca

Nesse sábado fui visitar a exposição sobre a água. Achei fantástico a forma como os curadores abordaram o tema. Não é apenas uma exposição de obras artísticas sobre a água. É uma exposição que nos faz repensar nossas relações com esse recurso natural tão importante e o respeito que devemos ter com essa força da natureza.

Além de recriações virtuais de mangues, videos sobre a poluição e passeios por regiões abissais dos oceanos é possível se ver dimensões e percepções ampliadas do chamado planeta água. Sua importância e a forma inadequada com que a estamos lidando com esse recurso.

Em uma época grandes catástrofes ocorrem por causa da água (seja pelo excesso ou pela ausência), é importante lembrar que esses são problemas antigos e que são possíveis de serem evitados com políticas públicas e mudanças nas nossas formas de lidar com a água.

A exposição vai ficar até 8 de maio, a entrada custa R$ 20,00 (estudantes e professores com comprovantes pagam meia R$ 10,00). Menores de 7 e maiores de 60 anos com documento não pagam. Aposentados e portadores de deficiência pagam meia-entrada. No último domingo de cada mês a entrada é gratuita para todos os visitantes.

O agendamento para escolas é pelo telefone: 11 3883-9090 ou pelo email: exposicao@divertecultural.com.br. Escolas particulares pagam R$ 15,00 por aluno.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

UM PASSEIO DE TREM PELA HISTÓRIA


Eu havia pensado em começar as postagens sobre as visitas aos museus pelo Memorial do Imigrante, marco da história do processo de imigração das comunidades japonesas, italianas, alemãs, espanholas, portuguesas, libanesas e muitas outras etnias na virada do séc. XIX para o séc. XX.

Infelizmente o Memorial está fechado para reforma e não encontrei data de previsão para a sua reabertura. Fica para uma próxima postagem. Mas o passeio não foi perdido.

Ao final da rua Visconde de Parnaíba, ao lado do Memorial, o passeio de Maria fumaça continua funcionando graças aos membros da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF).

Vale a pena dar um pulo lá, se não for para tirar fotos vestindo roupas de época, o passeio mostra uma parte importante da história da imigração, que intrinsecamente esta ligada a história da São Paulo Railway Company (a chamada companhia dos ingleses).

O passeio é monitorado, custa R$ 6,00 por pessoa (crianças até 6 anos não pagam desde que se sentem no colo).   Possui duração de cerca de 30 minutos. Vocês poderão andar em uma das ultimas locomotivas a vapor em funcionamento no Estado de São Paulo. Fora essa locomotiva, parece que só existe a do passeio de Paranapiacaba.

Divirtam-se.

Memorial do Imigrante
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 - Mooca - São Paulo/SP
Fone: (11) 2692-1866 
Funcionamento: Terça a Domingo, das 10h às 17h.
_____________________________________________________________________

Visita aos museus de São Paulo


No final do ano passado eu tive a idéia insana de visitar todos os museus de São Paulo. O que eu não havia me dado conta é que São Paulo possui uma quantidade imensa dessas instituições e eu havia ficado perdido sem saber por onde começar.

É importante perceber que a existência dessa grande quantidade de museus vem bater de frente com um problema já conhecido de muita gente: a ausência de vínculos com a memória coletiva.

Eric Hobsbawn, em seu livro “Era dos Extremos”, já indicava o processo de imediatismo existente nas novas gerações e que elas não conseguiam se reconhecer como seres históricos e nem como resultado de um processo histórico. Uma juventude que ignora o passado, não se define no presente e se frustra por não conseguir projetar futuros possíveis.

O olhar para trás está se tornando cada vez mais importante.


Nas visitas aos museus que fiz até agora, percebo que eles não são apenas locais de objetos antigos, retratos e pinturas velhas. São locais de meditação sobre si mesmo. Locais onde você repensa sobre seu lugar dentro de tudo o que foi feito até agora, um olhar para a diversidade humana e enxergar o conjunto único de coisas tão diferentes.


Por isso que os museus, “Os templos das musas”, se tornam tão importantes nos dias de hoje. Locais de rememoração de um passado coletivo, de uma produção técnica, histórica, artística e cultural que busca proporcionar um reconhecimento de um lugar comum a todos na identidade coletiva. Um local de rememoração de quem somos e mais importante que isso, um local de inspiração.

_____________________________________________________________________