terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Visita aos museus de São Paulo


No final do ano passado eu tive a idéia insana de visitar todos os museus de São Paulo. O que eu não havia me dado conta é que São Paulo possui uma quantidade imensa dessas instituições e eu havia ficado perdido sem saber por onde começar.

É importante perceber que a existência dessa grande quantidade de museus vem bater de frente com um problema já conhecido de muita gente: a ausência de vínculos com a memória coletiva.

Eric Hobsbawn, em seu livro “Era dos Extremos”, já indicava o processo de imediatismo existente nas novas gerações e que elas não conseguiam se reconhecer como seres históricos e nem como resultado de um processo histórico. Uma juventude que ignora o passado, não se define no presente e se frustra por não conseguir projetar futuros possíveis.

O olhar para trás está se tornando cada vez mais importante.


Nas visitas aos museus que fiz até agora, percebo que eles não são apenas locais de objetos antigos, retratos e pinturas velhas. São locais de meditação sobre si mesmo. Locais onde você repensa sobre seu lugar dentro de tudo o que foi feito até agora, um olhar para a diversidade humana e enxergar o conjunto único de coisas tão diferentes.


Por isso que os museus, “Os templos das musas”, se tornam tão importantes nos dias de hoje. Locais de rememoração de um passado coletivo, de uma produção técnica, histórica, artística e cultural que busca proporcionar um reconhecimento de um lugar comum a todos na identidade coletiva. Um local de rememoração de quem somos e mais importante que isso, um local de inspiração.

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