terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O MELHOR DOS ANOS 80


O nome Falcon ou Fofolete tem significado para você? Você ficou repetindo várias vezes que preferia quando Bumblebee era um fusca amarelo e não um Camaro super esportivo? Você assistiu Armação Ilimitada e viu Raul Seixas vestido de carimbador maluco?

Se você se reconheceu nas perguntas acima é por que você também é um filho dos anos 80. Não vou gastar tempo exaltando a época. Quem viveu sabe bem o que eu estou dizendo.  Achei um blog fantástico com várias postagens sobre o período que me fizeram dar muita risada e a nostalgia rolou solta.

O Blog 80 anos incríveis, de Alyne Lauper, traz uma série de textos que resumem bem o período.

sábado, 25 de dezembro de 2010

O MENINO QUE TIROU A SEDE DE MEIO MILHÃO DE AFRICANOS

Ryan nasceu no Canadá em maio de  1991, ou seja, hoje (2010) tem 19 anos.
Quando pequeno, na escola, com apenas seis anos, sua professora lhes falou sobre como viviam as crianças na África.
Profundamente comovido ao saber que algumas até morrem de sede, que não há poços de onde tirar água e pensar que a ele bastavam alguns passos para que a água saísse da torneira durante horas...

Ryan perguntou quanto custaria para levar água a eles. A professora pensou um pouco e se lembrou de uma organização chamada WaterCan, dedicada ao tema e lhe disse que um pequeno poço poderia custar cerca de 70 dólares.
 Quando chegou em casa, foi direto a sua mãe Susan e lhe disse que necessitava de 70 dólares para comprar um poço para as crianças africanas. Sua mãe disse-lhe que ele deveria consegui-los e foi-lhe dando tarefas em casa com as quais Ryan ganhava alguns dólares por semana.

Finalmente reuniu os 70 dólares e pediu à sua mãe que o acompanhasse à sede da WaterCan para comprar seu poço para os meninos da África. Quando o atenderam, disseram-lhe que o custo real da perfuração de um poço era de 2.000 dólares. Susan deixou claro que ela não poderia lhe dar 2.000 dólares por mais que limpasse cristais durante toda a vida, porém Ryan não se rendeu.  Prometeu aquele homem que voltaria… e o fez.

Contagiados por seu entusiasmo, todos se puseram a trabalhar: seus irmãos, vizinhos e amigos. Entre todo o bairro conseguiram reunir 2.000 dólares trabalhando e fazendo mandados e Ryan voltou triunfante a WaterCan para pedir seu poço.

Em janeiro de 1999 foi perfurado um poço em uma vila ao norte de Uganda.
A partir daí começa a lenda.

Ryan não parou de arrecadar fundos e de viajar por meio mundo buscando apoios. Quando o poço de Angola estava pronto, o colégio começou uma correspondência com as crianças do colégio que ficava ao lado do poço, na África.
Assim Ryan conheceu Akana: um jovem que havia escapado das garras dos exércitos de meninos e que lutava para estudar a cada dia. Ryan sentiu-se cativado por seu novo amigo e pediu a seus pais para ir vê-lo. Com um grande esforço econômico de sua parte, os pais pagaram sua viagem a Uganda e Ryan, em 2000, chegou ao povoado onde havia sido perfurado seu poço. Centenas de meninos dos arredores formavam um corredor e gritavam seu nome.
- Sabem meu nome? - Ryan perguntou a seu guia.
- Todo mundo que vive 100 quilômetros ao redor sabe, ele respondeu.

Hoje em dia, Ryan –com 19 anos- tem sua própria fundação e conseguiu levar mais de 400 poços à África. Encarrega-se também de proporcionar educação e de ensinar aos nativos a cuidar dos poços e da água.

Recolhe doações de todo o mundo e estuda para ser engenheiro hidráulico. Ryan tem-se empenhado em acabar com a sede na África.
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Uma história real que pode servir de inspiração para 2011. 
A todos um Feliz Natal e um fantástico ano novo.

Dica de Claubeck via email.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje.....


O SERMÃO DA MONTANHA 
(PARA PROFESSORES)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:
- “Em verdade, em verdade vos digo:
Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque eles...”
Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?
João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular...
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Dica de Claudia Beck por e-mail

sábado, 11 de dezembro de 2010

Julian Assange fala sobre o Wikileaks

Julian Assanje no TED. A fala dele sobre os jornalistas é ótima. A entrevista ocorreu em Londres no meio desse ano. É possivel selecionar a legenda em português no vídeo abaixo.



Sabe o que me chama mais atenção? O presidente Lula teve uma fala imensa sobre a censura à imprensa que o Wikileaks vem sofrendo por todos os lados. Defendendo a liberdade e o direito do público em saber sobre os conteúdos e as coisas que acontecem dentro desses documentos... Mas eu não me lembro dele vir defender a liberdade de imprensa e expressão do jornal O Estado de São Paulo por dizer a verdade sobre as relações da familia Sarney  com a operação  da Policia Federal Boi Barrica.

E desde que o embargo foi feito pelo Judiciário (pelo Desembargador Dácio Vieira, amigo intimo do Clã Sarney), as publicações do jornal estiveram sob censura por todo esse tempo (e ainda continua?!?!?!).

Dois pesos e duas medidas?

Projeto obriga os eleitos a matricularem seus filhos em escolas públicas.


Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.

As conseqüências seriam as melhores possíveis. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.

SE VOCÊ CONCORDA COM A IDEIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM.


Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país. O projeto PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA.
 
http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.


PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 480 de 2007
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.


O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º
Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

Art. 2º

Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.
Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.

JUSTIFICAÇÃO

No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.

Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.

Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.

Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais -vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República - deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoras.

O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:
a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;
b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.
c) financeiro: evitará a "evasão legal" de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;
d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.

Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão.

Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.

Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações - uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo -, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.

Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.

Sala das Sessões,

Senador CRISTOVAM BUARQUE
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Texto enviado por e-mail pelo Luis Antonio "Mamute".

Esse sempre foi um comentário meu dentro da escola: "Será que os filhos do Serra ou do Alckmin estudaram em Escolas do Estado?"

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Projeto de Xadrez na escola - 2010

Esse foi um projeto que eu desenvolvi junto com o professor Ronaldo Zatti Marques para os alunos dos 7º anos da Escola Estadual Francisco Brasiliense Fusco, durante o 2º semestre de 2010.

Existia uma dificuldade em tentar desenvolver as atividades e conteúdos programáticos do currículo, problemas com o desvio de atenção no decorrer das aulas, falta de concentração na realização das atividades propostas e desinteresse pelas dinâmicas realizadas nas diversas matérias.

O Xadrez entrou como uma ferramenta que iria dar subsídios para que essas habilidades e competências pudessem ser incrementadas. O que não esperávamos foi a participação em massa dessas salas e a procura de todos em se aperfeiçoar na prática dessa modalidade.

Habilidades que acabaram transportando o comportamento dos alunos para dentro de sala de aula em outras matérias. Alunos com problemas de baixa alto estima, que não se apresentavam e não participavam das aulas passaram a buscar entender mais sobre os assuntos que estavam sendo trabalhados.

Textos sobre Xadrez e a sua história foram levados para onde os alunos liam e comentavam. O manual do Dr. Orfeu Gilberto D’agostini Xadrez Básico, ajudou a melhorar substancialmente a questão da leitura e escrita.

Terminou com um campeonato dentro de sala de aula e uma final inter classes com um “Xadrez Humano Gigante”. Uma próxima etapa vai ser tentar expandir isso para toda a escola. Mas isso é conversa para o ano que vem.

Detalhe: Não havia verba para compra de peças e tabuleiros, os alunos fizeram suas peças e tabuleiros com materiais recicláveis.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Duelo de Banjos

Eu recebi de um colega ontem uma mensagem falando sobre a mitológica cena do filme “Amargo pesadelo” de 1972, estrelado por Burt Reynolds e John Voight.  O texto tratava a cena do duelo de banjos como uma cena real, contando sobre um menino com autismo que teria feito um dueto virtuosíssimo com o ator Ronnie Cox.  

Peço desculpas ao meu colega, por ter que estragar a lenda urbana, mas é preciso. A cena não é real. O nome do menino que toca o banjo é Billy Redden, um estudante local que havia sido selecionado de uma escola da região para o papel. O músico que toca o banjo ficava atrás da bancada onde ele estava sentado. Billy já apareceu em outros filmes, como “Peixe Grande e suas histórias maravilhosas”.

A cena é importante para o filme que mostra as dificuldades de comunicação entre duas realidades diferentes e isso é essencial para a trama de suspense da produção. Eu particularmente adorava essa música, lembro que em minha infância (um pouco depois de Getúlio), eu ficava ouvindo meu disco de vinil de uma banda de rock chamada “The Ventures” tocando somente nas guitarras clássicos como Pipeline, Riders in the Sky e Duelo d banjoes... (coisa de gente velha).

Para quem não conhece a cena, vale a pena dar uma olhada.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Peritos negam que ossuário de irmão de Jesus seja falso

Depois de cinco anos de processo, Justiça israelense afirma que caixa mortuária de Tiago tem dois mil anos e encerra o caso


Ela pesa 25 quilos. Tem 50 centímetros de comprimento por 25 centímetros de altura. E está, indiretamente, no banco dos réus de um tribunal de Jerusalém desde 2005. A discussão em torno de uma caixa mortuária com os dizeres “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” nasceu em 2002, quando o engenheiro judeu Oded Golan, um homem de negócios aficionado por antiguidades, revelou o misterioso objeto para o mundo. A possibilidade da existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão física e arqueológica com o Jesus do Novo 

Testamento. Conhecido popularmente como o caixão de Tiago, a peça teve sua veracidade colocada em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). Em dezembro de 2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio.No mês passado, porém, o juiz Aharon Far­kash, responsável por julgar a suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou com um veredicto a favor da autenticidade do objeto. Também recomendou que o IAA abandonasse a defesa de falsificação da peça. “Vocês realmente provaram, além de uma dúvida razoável, que esses artefatos são falsos?”, questionou o magistrado. Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116 sessões. Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de depoimentos.

Especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Rodrigo Pereira da Silva acredita que todas as provas de que o ossuário era falso caíram por terra. “A paleografia mostrou que as letras aramaicas eram do primeiro século”, diz o professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). “A primeira e a segunda partes da inscrição têm a mesma idade. E o estudo da pátina indica que tanto o caixão quanto a inscrição têm dois mil anos.” O professor teve a oportunidade de segurá-lo no ano passado, quando o objeto já se encontrava apreendido no Rockfeller Museum, em Jerusalém.

Durante o processo, peritos da IAA tentaram desqualificar o ossuário, primeiro ao justificar que a frase escrita nele em araimaco seria forjada. Depois, mudaram de ideia e se ativeram apenas ao trecho da relíquia em que estava impresso “irmão de Jesus” – apenas ele seria falso, afirmaram.

A justificativa é de que, naquele tempo, os ossuários ou continham o nome da pessoa morta ou, no máximo, também apresentavam a filiação dela. Nunca o nome do irmão. Professor de história das religiões, André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, levanta a questão que aponta para essa desconfiança. “A inscrição atribuiria a Tiago uma certa honra e diferenciação por ser irmão de Jesus. Como se Jesus já fosse um pop­star naquela época”, diz ele. Discussões como essa pontuaram a exposição de cerca de 200 especialistas no julgamento. A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado. Golan foi acusado de criar uma falsa pátina (fina camada de material formada por microorganismos que envolvem os objetos antigos). Mas o próprio perito da IAA, Yuval Gorea, especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos confirmavam que a pátina onde se lê “Jesus” é antiga. “Eles perderam o caso, não há dúvida”, comemorou Golan.

O ossuário de Tiago, que chegou a ser avaliado entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, é tão raro que cerca de 100 mil pessoas esperaram horas na fila para vê-lo no Royal Ontario Museum, no Canadá, onde foi exposto pela primeira vez, em 2002. Agora que a justiça dos homens não conseguiu provas contra sua autenticidade, e há chances de ele ser mesmo uma relíquia de um parente de Jesus, o fascínio só deve aumentar.

Artigo da Istoé Independente