quinta-feira, 23 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Algumas dúvidas sobre as Eleições...



Esse é um vídeo muito bacana que eu encontrei no site www.pensarics.com sobre algumas questões polemicas sobre eleição, vale a pena assistir.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tiririca é acusado de falsidade ideológica



Vi esse notícia no site Consultor Jurídico. Acho importante divulga-la.

O Ministério Público Eleitoral de São Paulo denunciou o candidato a deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o Tiririca, por crime de falsidade ideológica. O promotor da 1ª Zona Eleitoral da capital, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, encontrou indícios do crime em uma entrevista concedida por Tiririca à revista Veja.

Na reportagem, o candidato assume que não tem nenhum bem ou patrimônio em seu nome pessoal e que tudo foi transferido para o nome de terceiros. Os motivos seriam ações trabalhistas, de alimentos e partilha de bens movidas por sua ex-mulher.

Em entrevista ao portal G1, o promotor informou que a falsidade ideológica pode ser caracterizada, pois o candidato disse não ter bens quando, na verdade, ele os transferiu. Lopes afirmou ainda que Tiririca pode responder por fraude contra credores, possibilidade que será verificada no decorrer do processo, caso a Justiça aceite a denúncia.

Na mesma reportagem, o advogado Ricardo Vita Porto, responsável pelo jurídica da campanha de Tiririca, informou que o candidato não foi notificado da ação. "Quando formos citados, vamos apresentar defesa em que vamos comprovar que ele não tem qualquer bem, nem em nome de terceiros, e isso não é de hoje", afirmou ao G1.

A Promotoria também solicitou ao juiz eleitoral a quebra de sigilo fiscal e bancário do candidato, bem como cópias de processos contra ele que tramitam em segredo de Justiça no Ceará, para completa elucidação dos fatos. O crime de falsidade ideológica prevê pena de um a cinco anos de prisão. Com informações da Assessoria de Imprensa do MP-SP.


Só me resta uma dúvida: Será que ele ainda pode cair no quesito da FICHA LIMPA? Seria uma evolução para nossa sociedade.

domingo, 19 de setembro de 2010

Serra restarte...



Meus alunos me perguntaram em quem eu ia votar nessas eleições e eu disse que ainda estava com dúvidas. Minha única certeza era que eu nunca votaria no Serra e jamais votaria no PSDB. Não via razões para fazer isso. Agora pelo menos eu tenho um único motivo para olhar o Serra com um pouco mais de simpatia.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Capitalismo - Uma História de Amor




Sou suspeito quando falo dos filmes de Michael Moore. Como muitos de minha geração, só passei a conhecê-lo quando ocorrera a consagração de um dos seus documentários em 2002 com “Tiros em Columbine”, quando ele parava para analisar o massacre ocorrido no Instituto Columbine e as suas relações com a cultura de valorização as armas e da violência existente em território estadunidense.

Depois disso fui pesquisar sobre seus outros trabalhos e comecei a descobrir um lado da cultura norte americana que no mínimo era contraditório com tudo aquilo que era passado para mim na infância e que muitas vezes causava surpresa quando meus alunos assistiam e começavam a compreender que as suas condições de vida não são eram tão diferentes das situações demonstradas em vários de seus filmes.

Eu assisti ontem o seu ultimo filme de 2009, “Capitalismo – Uma História de Amor”, onde ele vai tratar das relações dos EUA com o sistema capitalista, dando um enfoque especial a crise da bolsa de 2008. Mantendo sempre o sarcasmo e a ironia como suas principais armas, ele faz uma crítica profunda às grandes corporações que dominam os vários níveis da política norte-americana, e os efeitos catastróficos dessa relação.


Para quem quiser assistir, fica a dica.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sobre Política...

Quando fiz o meu comentário sobre o Tiririca no post anterior, tive a necessidade de prestar algumas explicações.





Qualquer pessoa possui o direito de se candidatar a qualquer cargo público. Quando eu citei a candidatura do Tiririca (poderia ser da mulher pêra) percebo que não consigo demonstrar aos meus alunos o circo de horror que se tornou as campanhas políticas pública. A falta de projetos políticos reais de melhoria da sociedade é no mínimo desolador.

É uma frustração minha. Preciso (ou precisamos) voltar a discutir política dentro da escola. Ensinar nossos alunos a entenderem os diversos tramites e questões políticas e acima de tudo: gostar de política.

Procurar entender que quando nos omitimos, pessoas procuram usar os recursos públicos em benefício próprios e não em prol da comunidade. Já foi a época em que escutava homens velhos dizendo que falar de política era um tabu.

"Política, Futebol e Religião não se discute."

Se discute sim.

Para quem quiser conhecer a lista de candidatos que concorrem esse ano, clique aqui.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Homenagem a um certo mestre...



Repensar a educação, principalmente a educação pública é um exercício intelectual extremamente árduo. Essa educação corrente em nosso sistema público de ensino nos leva a entender que o exercício das práticas atuais faz parte de um projeto político que busca reafirmar diferenças e exclusões. Sejam elas sociais, políticas ou econômicas.

Uma série de dificuldades torna a realidade pedagógica das regiões periféricas um palanque de reprodução desse quadro de alienação: baixos salários para os professores da rede, baixo nível de formação da equipe pedagógica e gestora, ausência de recursos mínimos para se trabalhar com crianças, jovens e adolescentes. E o mais grave: falta de um posicionamento e de um direcionamento com relação à educação que estamos empregando dentro de sala de aula. Educar para que? Educar para quem? Aonde queremos chegar com isso?

Arrisco-me em dizer que sou partidário de certo pensador filosófico que diz que nesse ponto nós erramos por ignorância e não por maldade em nossas intenções. Pensar uma educação colaborativa, multidisciplinar, integrada com problemas reais e com sentido crítico daquilo que constitui a diversa amplitude de nossa realidade se tornou a pedra de roseta pedagógica para definirmos o que é uma educação de qualidade para nossa realidade. Cada vez que um aluno meu da risada da propaganda política do Tiririca eu sei que eu perdi mais uma batalha.

Sempre ouvi críticas de que a universidade pública se encontra alheia aos problemas da sociedade. Mas foi somente nas discussões dentro de sala de aula da faculdade e com grande colaboração das aulas do Professor Marcos que pude perceber em um leve vislumbre a distância entre aquilo que temos como idéia de educação e aquilo que necessitamos para uma transformação sólida da sociedade, uma necessidade de colocar de vez a educação como parte de um projeto político de crescimento econômico e melhoria das condições de vida da população.

Precisamos voltar a vislumbrar nossas utopias. Realizar essa ação através de um violento ato de torção do pescoço para o lado e tentar olhar para fora de nossas próprias cavernas, buscar enxergar lentamente algo que não fosse apenas sombras e espetáculos taumatúrgicos. Principalmente em tempos de eleição, onde promessas se tornam tão ridículas e banais.

Colocar a imagem do prof. Marcos entre os “grandes”, mais que uma brincadeira e um elogio, é a repetição de um chamado para aqueles que por necessidade tentam resolver problemas maiores. O pensar e repensar dos problemas dentro da educação e fora dela. Repetindo uma frase corrente de suas aulas quando ele cita Pindaro: “Torna-te aquilo que tu-és”. Sou péssimo em lembrar as referências, mas eu sei que uma resposta melhor seria “Precisamos nos tornar aquilo que necessitamos ser”. O tempo urge.